Olho janela a fora e não vejo nada mais que a chuva. As nuvens mudam de tonalidade, a terra escurece, as árvores ‘’dançam’’ sem limites, o ar fica pesado, flashes e raios iluminam o tempo. Encosto meu braço na vidraça e vejo pequenas gotinhas de chuva ‘’apostando corrida’’ para ver quem chega primeiro ao final da janela. O cheiro da terra e da grama, molhada, espalham-se pela casa. O chocolate quente está quase pronto. Caminho em direção ao guarda-roupa e anseio em encontrar aquele casaco solitário que costumava me fazer companhia nos dias frios. Em seguida estico os braços em volta do armário e pego a velha lamparina; ascendo. Vou andando lentamente em direção a sala. Me acomodo na antiga cadeira de balanço e ponho os pés sobre o parapeito. Sinto o frio ardente no meu rosto e espero pacientemente o sono me encaminhar ao mundo feliz dos sonhos.
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